quarta-feira, 24 de março de 2010

Lição 13 - Solenes Advertências Pastorais

Durante esse trimestre, estudamos a vida de Paulo e a intensidade com a qual ele se dedicou a igreja de Corinto. Dedicação essa que o fez passar por momentos de grande aflição, mas ele enxergava o galardão preparado para ele.

Uma das maiores lições ensinadas por Paulo é justamente essa: “Mesmo passando por dificuldades, aflições, perseguições, escassez, muitos trabalhos, muitos açoites, muitos perigos, etc., esses contratempos não se comparam com aquilo que nos espera, afinal de contas estamos indo de encontro ao nosso Senhor para vivermos com Ele para todo sempre." (Romanos 8:18) - Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

É uma pena saber que muitos cristãos estão como os muitos que seguiam Jesus. Só pensavam na vida presente, tinham sua visão focada apenas nesse mundo, queriam ver manifestações sobrenaturais como se estivessem assistindo a um espetáculo, e muitas vezes, atraídos somente por causa do pão e do peixe. Paulo nos exortou à respeito desse assunto em I Co. 15:19.

Vejamos outro fato que aconteceu com Jesus e seus discípulos:
João 6:60 - Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?
João 6:66 - Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com Ele. 67 - Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? 68 - Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Só tu tens as palavras da vida eterna.

Quando Jesus apresentava ensinos voltados para a eternidade (Jo 6:68b), muitos de seus seguidores desprezaram Sua Palavra e voltaram atrás, deixando claro que não se importavam com esse assunto maravilhoso. Com isso, precisamos estar atentos para esse fato, para saber se nosso interesse a respeito desse assunto (vida eterna) é realmente genuíno. Pense nisso!

Lição 13: Solenes Advertências Pastorais

VERDADE PRÁTICA:

O amor de um líder pela igreja é demonstrado pelo ensino e advertência, e se necessário, através da disciplina aos cristãos que cometem pecado, pois sem a devida correção, o crente estará andando no caminho que leva à perdição eterna.

SUBSÍDIO BÍBLICO:

II Corintios 13:5 - Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.

Paulo faz uma consideração muito importante. Ele adverte aos coríntios que examinassem a eles mesmos, a fim de saberem se ainda permaneciam na fé. (II Co 13:5)

Esse exame é de extrema importância, pois através dele, os cristãos podem descobrir muito a respeito de si mesmos.
Quando Paulo escreveu a primeira carta, ele ensinou a maneira correta de viver para Deus. Na segunda carta, ele agora adverte aos coríntios a viverem da maneira que lhes foi ensinado, caso contrário, seria necessário uma medida mais enérgica, a disciplina. Para os cristãos em geral, funciona assim também. Fomos ensinados no caminho da verdade, sempre estamos sendo advertidos quanto ao erro, e se houver quem insista em viver no pecado, a disciplina será necessária.

O exame deve ser feito mediante os ensinamentos das Sagradas Escrituras, que vai funcionar para o crente como um espelho que revela qualquer imperfeição.

IMPORTÂNCIA DO EXAME:

Contribui para o nosso crescimento espiritual:
Através do exame, nós experimentamos a liberdade que Cristo nos deu. Essa liberdade se manifesta justamente nos momentos em que temos que ponderar se realmente estamos no caminho certo. Deus nos dá a responsabilidade de avaliarmos mediante os ensinos bíblicos, as nossas ações, se elas estão corretas ou se nós estamos errados. É claro que nem todos estão preparados o bastante para essa tarefa, no entanto, se cada cristão não praticar a avaliação de seus próprios atos desde a sua conversão, ele nunca chegará à maturidade cristã. Um bom exemplo para facilitar o nosso entendimento sobre o assunto seria o de um pai super protetor que nunca deixa o seu filho encarar os desafios da vida. Se essa criança sempre for ajudada, ela nunca será um adulto capaz de lidar com problemas, decepções, perdas, fracassos,...
A psicologia descobriu isso a algumas décadas, mas Deus sabe desses detalhes importantes desde que nos criou!

Se o crente falhar nesse exame, ele deve ser ajudado por alguém mais experiente que ele, no caso seu pastor. O pastor tem de estar sempre atento aos crentes menos experientes, para ajudá-los nesta tarefa, afinal de contas, os pastores têm a responsabilidade de ensinar as suas ovelhas a terem uma vida com Deus. Caso a ovelha se pareça mais com bode, e não tiver humildade para ouvir os conselhos pastorais, então não vai restar outra atitude a ser tomada. Será necessária a correção.

COMENTÁRIO

Tendo declarado seus temores pessoais sobre a esperada terceira visita, Paulo assume a postura autoritária de um apóstolo e profere uma severa advertência. Os coríntios podem estar certos de que a verdade será descoberta e revelada. Para sustentar seu ponto, o apóstolo cita uma parte de Deuteronômio 19.15: “Por boca de duas ou três testemunhas, será confirmada toda a palavra”. A que Paulo está se referindo quando menciona as “duas ou três testemunhas” é incerto. Será que teria três indivíduos em mente: a si mesmo, a Timóteo, e Tito - todos três que eram conhecidos em Corinto e que poderiam dar testemunho da verdade? Será que teria em mente a convocação de uma assembléia na presença da igreja (veja 1Co 5.3-5; cf. Mt 18.15-17)?
O mais provável, a luz do versículo 2, é que Paulo veja as testemunhas como suas advertências. Como indicado acima, havia proferido uma advertência (provavelmente através da sua primeira carta) contra “aqueles que dantes pecaram” (cf. 12.21). Lembra então aos coríntios que lhes havia dado outra advertência quando esteve com eles pela segunda vez (isto é, durante a “visita dolorosa”). Agora repete esta advertência pela terceira vez, “estando ausente”. Os coríntios estavam amplamente prevenidos; chegou a hora dos embusteiros apostólicos e seus partidários (”qualquer dos outros”) serem chamados a prestar contas. Estes impostores escarneceram da mansidão de Paulo (10.1), e, de modo incrível, os coríntios não apenas suportaram seu uso abusivo da autoridade (11.20), mas estavam impressionados por isto. Aparentemente identificaram esta exibição exterior de autoridade como prova do apostolado (como prova de que Cristo estava falando através deles). Em termos direitos, Paulo lhes diz que se estiverem procurando este tipo de evidência encontrá-la-ão em sua visita iminente, quando não poupará ninguém. Afinal, o Cristo que fala através de Paulo não é fraco, mas uma força poderosa entre eles (13.3).
Mas o falso critério que os falsos apóstolos e seus seguidores insistem afirmar como sendo o correto para o apostolado, os trai, expondo a ignorância deles a respeito daquilo que é necessário para ser um servo apostólico de Cristo. Além do mais, revela uma falha trágica em sua fé e na compreensão do próprio evangelho. Afinal, foi através da fraqueza da cruz que Deus manifestou seu poder de ressurreição, tornando-o disponível a todo aquele que se identificar com Cristo (v.4). Cristo humilhou-se voluntariamente e assumiu a fraqueza de uma existência humana a fim de obedecer a vontade de Deus, até mesmo a ponto de morrer em uma cruz (Fp 2.8). Paulo escolheu seguir o exemplo de Jesus, que, como um cordeiro levado ao sacrifício (Is 53.7) não executou qualquer tipo de retaliação contra seus opressores, mas confiou em Deus para o vindicar (53.11,12).
Mesmo vivendo Cristo agora através do poder da ressurreição, Paulo, embora fraco aos olhos de outros homens, vive pelo Espírito (2 Co 3.3,6,8) para servi-lo no poder do Cristo ressuscitado.(Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento).

Por: Prof. Nei Paulino

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